Na lista inicial com 278 nomes, há do controverso presidente da Rússia aos óbvios Edward Snowden e Papa Francisco

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O número é um novo recorde. Em 2013, foram 259 candidatos.

Segundo Geir Lundestad, um dos representantes do prêmio, ao Global Post, o número de candidatos aumenta a cada ano e as sugestões vêm de todos os cantos do globo.

As inscrições se encerraram em 1º de fevereiro e o prêmio só será entregue em outubro, mas ontem (4) o comitê se reuniu pela primeira vez para tentar fazer uma peneira inicial.

Na lista, há nomes um tanto óbvios – pelo apoio e preferência geral – e também cercados de controvérsia.

Um nome óbvio: o de Malala Yousafzai, a menina paquistanesa que defendia em sua aldeia o direito das garotas de irem à escola, acabou contrariando membros do Taleban e levou um tiro na cabeça. Hoje, ela está bem de saúde.

Um nome controverso: Vladimir Putin, presidente da Rússia. Recentemente, está provocando a ira do Ocidente com leis anti-gay, perseguição política e, agora, com os problemas na Ucrânia.

Veja a seguir alguns candidatos, compilados pelo Peace Research Institute Oslo (PRIO):

Vladimir Putin

Os recentes acontecimentos na Rússia e na Ucrânia tornam irônica a presença do nome do presidente russo entre os candidatos a um prêmio sobre a paz mundial.

Mas as indicações podem vir de políticos, universidades e estudiosos de todo o mundo. Alguns deles podem ser russos.

Segundo a AFP, a nomeação de Putin foi feita por russos do comitê do Nobel, que louvaram sua manobra para impedir uma possível guerra entre Síria e Estados Unidos.

Edward Snowden

O ex-agente da NSA que revelou ao mundo a gigante e ilegal máquina de espionagem americana é um dos candidatos.

Segundo o The Guardian, políticos da Noruega citaram o nome de Snowden por seus esforços para contribuir com um mundo mais pacífico.

Procurado pelos Estados Unidos, que o considera um criminoso, Snowden está asilado na Rússia.

Papa Francisco

Desde que se tornou Papa, Francisco tem se mostrado um líder carismático e popular.

O Papa já mostrou, em discursos, alguns avanços na luta da Igreja contra a pedofilia e a corrupção e um posicionamento mais aberto sobre a questão dos gays.

Ele teria sido citado por conta de seu posicionamento contra a guerra na Síria.

Malala Yousafzai

A menina Malala, de apenas 16 anos, já fora um nome fortíssimo no ano passado, quando a Organização Para a Proibição de Armas Químicas venceu.

Desde que se salvou do atentado promovido pelo Taleban, ela vive com sua família na Inglaterra e tem dado palestras pelo mundo sobre o direito das crianças de estudarem.

Sua campanha pelos direitos humanos têm até uma organização oficial.

Chelsea Manning

Chelsea é Bradley, o ex-soldado americano preso e condenado por vazar documentos secretos do exército americano ao WikiLeaks.

Atualmente, ele cumpre pena de 35 anos.

Ele trocou de nome após revelar que era transexual e que gostaria de ser tratado como mulher.

O Partido Pirata da Islândia teria indicado o seu nome ao prêmio.

José Mujica

O atual presidente do Uruguai ganhou fama após aprovar a lei que legaliza a produção e consumo da maconha, em um ato pioneiro.

Sua atitude contrariou a ONU, que zela por um acordo mundial que proíbe e combate a erva e outras drogas.

Denis Mukwege

Ele é um médico ginecologista congolês famoso por manter um hospital em Bukavu, na República Democrática do Congo.

Durante a guerra civil no país, tratou mais de 21 mil mulheres que foram violentadas por soldados e milicianos.

No Congo, ele também é um grande militante pelo direito das mulheres e que denuncia a violência sexual na África.

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