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Nasceu o primeiro bebê fruto de um transplante de útero. O marco na luta contra a infertilidade aconteceu no dia 4 de outubro de 2014, quando uma mãe de 36 anos – que não quis divulgar nome ou nacionalidade – conseguiu parir, mesmo sofrendo de Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser.

A síndrome é aferida às mulheres que nascem com problemas nas regiões vaginais e uterinas.Tratamentos com vaginas artificiais vinham trazendo bons resultados; mas quando a doença atinge o útero, a dificuldade de reprodução aumenta  ainda mais.

Antes do primeiro caso bem sucedido, uma equipe liderada pelo professor Matts Brännström, da University of Gothenburg, realizou uma série de testes. O estudo trabalhou com mulheres que sofriam da síndrome MRKH ou tiveram seus úteros retirados, por conta de histerectomia. Nove mulheres receberam úteros transplantados de doares: sete começaram a menstruar de dois a três meses depois; e nos outros dois casos, os úteros transplantados tiveram de ser retirados por infecções ou coágulos.

Mesmo assim, a equipe contou que o sistema imunológico feminino pode rejeitar o novo útero. Foi o que aconteceu com a mãe de 36 anos, por três vezes antes da gestação. O resultado se mostrou efetivo um ano depois da cirurgia de dez horas, realizada para inserir o seu próprio embrião, já que seus ovários estavam aptos para o procedimento.

“Nosso sucesso é baseado em mais de 10 anos de pesquisa com animais e também pelo treinamento cirúrgico da nossa equipe. Esse trabalho abre a possibilidade de tratamento para mulheres mundo afora que sofrem com infertilidade”, afirma Brännström.

Para o autor, “esse era o último problema de infertilidade ainda sem tratamento no mundo”. Ainda que os resultados não tenham se estabelecido, esse pode ser considerado um problema superado. Contudo, Brännström conta que para isso se tornar um procedimento comum há a necessidade de tempo, além dos cuidados especiais
com o impacto disso em doadores vivos.

No caso da mulher que conseguiu parir, seu novo útero veio de uma mulher de 61 anos, que havia passado pela menopausa sete anos antes. Isso mostra que a gama de doadores é bem extensa. E depois de um mês do parto, a mulher e seu filho passam bem.

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